RAMON-CORTÉS, F. A ilha dos 5 faróis: um passeio pelas chaves da comunicação. Traduzido por: Magda Lopes. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2006.
(p.42) Como o farol de Artrutx fica em um povoado, não está sozinho. Quando se olha a costa vista do mar, obrigatoriamente se vê que muitas outras luzes o cercam. Mas para desempenhar sua função, para que os barcos o identifiquem, a luz do farol deve poder ser reconhecida entre todas as outras. Tem de brilhar mais e tem de ser diferente. Tem de se destacar.
(p.43) ...a luz de Artrutx e sua mensagem brilhavam sobre todas as outras luzes. Mas como fazia isso? Em primeiro lugar, ocupando uma posição estratégica, sempre em um ponto privilegiado da costa. Em segundo lugar, emitindo uma luz de intensidade muito mais potente do que as outras. E, em terceiro lugar, tendo um a luz diferente que, portanto, se destacava.
(p.43-44) Se eu buscava a relação com a comunicação, aquilo significava que nós temos de conseguir contar as coisas de forma que brilhem mais, que se destaquem e sobressaiam do resto das mensagens que recebemos constantemente.
(p.49) Tudo isso me fez refletir sobre quantas vezes fomos capazes de “acender um farol” e quantas outras – a maioria, receio – temos nos limitado a acender pequenas luzes que, certamente, acabam se perdendo em meio ao resto das luzes que povoam a noite. E, assim como vista do mar a distância faz com que se percam as luzes em volta e se sobressaia apenas a do farol, na comunicação o tempo faz esquecer as pequenas luzes que conseguimos acender.
(p.51) [...] os faróis transmitem uma mensagem que brilha sobre as outras. Têm força e magia da sua luz para fazê-lo. Nós temos as histórias. [...] “A distância mais curta entre o homem e a verdade é um conto. E se você ainda duvida do poder das metáforas, veja a Bíblia. Há mais de dois mil anos que alguém percebeu muito claramente...
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