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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

a liberdade de escolha (5/6)

RAMON-CORTÉS, F. A ilha dos 5 faróis: um passeio pelas chaves da comunicação.  Traduzido por: Magda Lopes. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2006.


(p.91) Este era o último ensinamento, possivelmente o mais sutil, e ao mesmo tempo o mais importante: o farol me proporcionava a informação, mas também me dava a liberdade de tomar minhas próprias decisões.

(p.91) Os faróis, mediante sua luz, dizem quem são e onde estão. Anunciam sua presença com força, com tenacidade, com convicção, mas sem nenhum tipo de coação. Eles nos dão a liberdade de nos aproximarmos ou não, de nos dirigirmos até ele ou seguir outro rumo. Eles dizem: “Ei, sou eu e estou aqui. Se você se identificar comigo, siga a minha luz. Se não, siga o seu caminho.”

(p.91-92) Com a lição do farol no pensamento, pensei no que nos acontece quando nos comunicamos. Pensei (p.92) que escolher, tomar decisões próprias, é o que nos outorga plenitude como pessoas. Por isso, quando tentamos condicionar, coagir esta liberdade, quando a nossa determinação é convencer, não conseguimos nada de positivo.

(p.92) Comunicar como os faróis significa dar-nos a conhecer, da forma mais brilhante e mais sedutora possível, mas oferecendo liberdade absoluta para que os demais venham até nós ou sigam outro caminho. Só o nosso entusiasmo, a força da nossa luz, a magia dos nossos clarões, conseguem que nos escolham. Não posso pressioná-lo nem posso coibir sua liberdade. Porque comunicar não é arrastar nem pressionar, é convidar. A liberdade de escolher é um valor irrenunciável do qual todos nós desfrutamos.
(p.93-94) A tentação de levar os demais para o (p.94) nosso território é enorme. Insistimos, estimulamos, pressionamos, sem nos dar conta de que cada palavra excessiva nos afasta um pouco mais das pessoas.

(p.96) Mas como era difícil ser como o farol, manter-se convencido, firme, sem alterar a mensagem, com a confiança de que só assim podemos guiar os barcos na sua direção, e vendo com toda serenidade que vão para outro rumo aqueles que não escolhem o rumo que nós lhes propomos.

(p.97) Sou eu quem navega na direção do farol; sim, ele me seduz. Mas não me pressiona nem vem me buscar. Respeita a minha liberdade. Esta é a grande chave, e a última.

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