Só me lembro que eu tinha alltíssimos níveis de referência - tudo que conversavam perto de mim, no restaurante, na praia, no ônibus, em qualquer lugar, eu achava que era comigo ou a meu respeito. E de que eu me recusava a tomar os remédios, chegava até mesmo a empilhar móveis por trás da porta do quarto. Quando as enfermeiras finalmente conseguiam chegar, eu colocava os comprimidos na boca e depois cuspia.
(DINIZ, Marcelo C. P. Crônicas de um bipolar. Rio de Janeiro; Record, 2010, p. 195)
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