(p.77) Queria saber que sentido tinha aquela descoberta aplicada à comunicação, e por isso recorri à comparação de como os faróis se comunicam e como nós nos comunicamos. Os faróis falam com a luz, nós com palavras. Os faróis emitem uma mensagem determinada pela seqüência dos clarões, nós o fazemos com o tom da nossa voz. Se o farol muda sua seqüência, a mensagem que transmite é muito diferente. Se nós mudamos o temo da voz, nossas palavras também têm um sentido muito diferente.
(p.78) E, da mesma forma que os faróis não podem ver o efeito externo da seqüência de clarões que fazem co sua luz, nós também não podemos escutar de fora o efeito do nosso tom de voz. Se quisermos saber qual foi a nossa mensagem, devemos saber o que o nosso tom de voz comunicou, mas, como não podemos escutá-lo, isso nos tem de ser confirmado de fora; assim como um farol precisa que um barco passe para confirmar sua mensagem, nós precisamos que alguém nos escute e nos diga o que a nossa voz transmite. O que finalmente tivermos dito será o que as pessoas captarem, não o que tínhamos a intenção de dizer.
(p.79) Porque os que escutam falam com os olhos. Os olhos nos dizem tudo. Se temos de parar, se temos de ir mais depressa... É preciso estar sempre atento ao olhar das pessoas. É preciso saber ler os olhos.
(p.80-81) [...] são precisamente os sentimentos que determinam (p.81) o tom da nossa voz. As mesmas palavras, com um sentimento distinto, soam de forma completamente diferente. [...] “A voz é o reflexo do que você sente. Não mude a voz, mude o que você sente.”
(p.81) Como meus sentimentos afetam a minha mensagem e, por isso, como é importante conhecer sempre quais são meus sentimentos.
(p.84) O que importa é a luz que o navegante vê, não a luz que sai do farol. O que importa é o que as pessoas captam, não o que acredito estar dizendo. Só estando em contato com meus sentimentos posso saber o que estou comunicando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário