"Acabei mandando o curso de jornalismo para o espaço. Eu já estava trabalhando em propaganda e achando ótimo. Nem ao menos tranquei a matrícula. Fui trabalhar na convicção de que jamais ia precisar daquele diploma - ledo engano. [...] Um belo dia o chefão me chanou e me repreendeu. Achei que ele não tinha razão, coloquei o orgulho na máquina de escrever e joguei a carta de demissão na sua mesa. [...] Eu achava que podia tudo, era um dominador de vinte e poucos anos de idade. E deu até para contrair matrimônio. [...] aceitei o cargo, abrindo mão do diploma de administração, pois naquela cidade não havia esta escola. Impulso infeliz. Demorei quatro anos e meio para conseguir uma transferência... [...] Somos fruto das nossas escolhas? Pelo menos parcialmente, sem dúvida. "
(DINIZ, Marcelo C. P. Crônicas de um bipolar. Rio de Janeiro; Record, 2010, p. 53-55)
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